Pedagogia

Pequeno histórico
para um entedimento
da Antroposofia e
Pedagogia Waldorf

Rudolf Steiner (1861-1925) nasceu em Kraljevec, na fronteira da Áustria com a Hungria, (hoje Hungria com Iugoslávia). Formou-se na escola politécnica de Viena e doutorou-se em filosofia. Dedicou-se por toda a vida à causa da “consciência do espírito”, trabalhando incansavelmente na formação e condução do movimento antroposófico e na elaboração de diversos ramos do saber humano, sob a orientação da Antroposofia. Steiner concebia o homem como um ser de natureza espiritual, organizada a partir de um longo processo evolutivo como corpo, alma e espírito, manifestando em si as três faculdades essenciais: o pensar, o sentir e o querer. A Antroposofia enfoca, portanto, o domínio do “conhecimento oculto”, abordando e estudando de perto todas as grandes tradições religiosas e esotéricas do Ocidente ao Oriente, produzindo assim uma grandiosa e abrangente síntese de todo o legado espiritual e cultural da humanidade. Por outro lado, Steiner desenvolveu as bases metódicas e cientificas para toda a pesquisa e também para a “elaboração antroposófica” de diversos ramos das ciências humanas e exatas; “creando” novas perspectivas e alternativas para uma prática renovada e integrativa da medicina, da pedagogia, da agricultura biodinâmica, da arquitetura, teatro, artes plásticas, astronomia, matemática, sociologia, religião, economia etc.

Em todos os campos introduziu impulsos de evolução, “creou” estruturas de trabalho e pesquisa, inovando com métodos e princípios revolucionários, que se desenvolveram e frutificaram em inúmeras formas de trabalho até hoje. Assim foi que em 1919 fundou a primeira escola de educação infantil de 1º grau, orientada pelo ponto de vista da ciência espiritual. Outras escolas surgiram desde então, difundindo-se e tornando-se conhecidas mundialmente como “Escolas Waldorf”, pois a primeira nasceu para atender os filhos dos funcionários da fabrica de cigarros Waldorf – Astoria, em Stutgard, Alemanha. Steiner abraçou as causas fundamentais que movem os homens, entre elas a causa suprema, a causa da liberdade.

“A liberdade deve ser o princípio norteador de toda a vida espiritual da sociedade, ou seja, de toda a ciência, arte e religião.”

RUDOLF STEINER

A educação do ponto de vista de Steiner deve ser fundamentalmente um processo de revelação e conquista da liberdade, o bem supremo. Cada “creança” é uma individualidade predestinada ao conhecimento e ao exercício da liberdade. O papel do educador é trazer à aparição e ao desenvolvimento este ser livre, que dorme em cada “creança”. Assim também projetam-se na vida social os princípios norteadores: na economia o principio da fraternidade, na jurisprudência o princípio da igualdade e na vida espiritual o principio da liberdade. Seus princípios levados conscientemente à pratica mostram a saída para a profunda crise em que está mergulhada a humanidade. Rudolf Steiner através da Antroposofia contribuiu essencialmente para esta saída.

Nota: Os termos “creança” e “creação” são usados na termologia antiga como “e” e não “i” como o usual. Conscientemente optamos pela forma antiga para diferenciar de criação que refere-se ao reino animal, por exemplo , criação de animais.“Crear” que dá origem a “creança”, “creação”, é uma atividade espiritual do homem, onde o pensar, o sentir, e o querer estão presentes; configurando o Reino Humano.